Foi como se o Inter tivesse sido resetado. Zé Ricardo mudou mais do que nomes. Mudou o conceito de jogo do time para tentar colocá-lo na Libertadores. Havia um grande anseio da direção de ver uma equipe mais agressiva na marcação, mais ofensiva em sua postura e, principalmente, mais rejuvenescida para mostrar no campo uma intensidade maior. Zé Ricardo atendeu a tudo isso logo de cara. Mudou esquema, modelo de jogo e nomes.
O 4-1-4-1 dá lugar a um 4-2-3-1, com Edenilson e Lindoso à frente da área. As ausências de D'Alessandro e Patrick, suspensos, abrem espaço para que a velocidade e a intensidade exigidas pela direção apareçam na linha de três. Parede, Neilton e Wellington Silva saem na frente e serão os responsáveis por acabar com a solidão de Guerrero nos jogos longe do Beira-Rio.
Nico López perdeu o lugar no time, pelo retrospecto recente, e isso talvez não tenha tanto o dedo direto de Zé Ricardo. O único questionamento a ser feito no pacotão do novo técnico é a ausência de Sarrafiore. Há um mistério que envolve o guri argentino e os obstáculos que o separam de uma sequência maior no time. Não é por por falta de rendimento, pelo menos neste momento, que segue no banco. O gol contra o Avaí e os bons minutos contra o Vasco são credenciais que precisam ser colocadas à mesa.
Nico desce
Nico López passou 25 jogos sem fazer gol. Marcou contra o Botafogo, contra o Athletico-PR e parou de novo. São oito jogos sem marcar. Mas não é só isso. Nico voltou a exagerar no lance individual, a tomar a decisão errada em lances importantes. Foi assim contra o Vasco, por exemplo, no domingo (20), quando mais uma vez acabou substituído.
Agora, ele perdeu o lugar para Werllington Silva. Cada vez mais, reforça-se o cenário de uma saída do uruguaio em dezembro. No México, sua transferência para o Tigres é apontada como certa.
Wellington Silva
A oportunidade para Wellington Silva é escolha direta e reta de Zé Ricardo. O técnico chegou ao Beira-Rio com a imagem do atacante insinuante e de drible fácil que o incomodava nos clássicos contra o Fluminense.
Há quase dois anos de Inter, Wellington tem alguns bons momentos entremeados por longos períodos de lesão ou de ostracismo. Sua recuperação técnica, pouco antes da Copa América, o colocou como a primeira alternativa de Odair Hellmann. Com contrato até junho de 2020, ele ganha sua grande chance de mostrar que o Inter acerto ao buscar o atacante que atormentava Zé Ricardo lá no Rio.