Foi um passeio, com seis gols, domínio total, troca de posição entre os quatro jogadores da frente e um modo insinuante de jogar. O Grêmio triturou o Avaí e fez o jogo ficar fácil com uma naturalidade impressionante. Mas nada disso foi mais importante na noite da Arena do que a atuação de Luan.
É verdade, foi contra o Avaí, um time com limitações e que joga um futebol de Série B na Série A. É verdade também que o fato de o Grêmio estar com 2 a 0 aos 13 minutos de jogo ajudou com que a goleada fosse construída de forma natural. Mas não foi por isso que Luan saiu da Arena incensado por torcedores que o aplaudiram outra vez — e em pé. Foi porque os gremistas viram, pela primeira vez em quase dois anos, um jogador próximo daquele que acabou 2017 como craque da conquista do tri da Libertadores e como Rei da América.
Luan procurou o jogo, pediu a bola, armou, apareceu na frente para arrematar e mostrou qualidades que pareciam esquecidas em algum canto. O destino deu para Luan uma chance de ouro de fechar um 2019 que parecia fadado a ser cinzento para ele. Justo no principal momento da temporada, ele ganha a oportunidade de ser titular, no lugar do lesionado Jean Pyerre, e resgatar a relevância que teve até se perder em um labirinto criado por ele mesmo, a partir da frustração de ficar de fora da Copa de 2018.