Será complicada a vida de sem o Cebolinha. Mesmo com ele, o Grêmio ficou no 1 a 1 com o Bahia e terá de decidir em Salvador, na próxima quarta-feira (17) a sua vida na Copa do Brasil. Tomara que Renato possa contar com ele e, mais do que isso, esteja numa noite mais inspirada.
O que se viu na Arena foi, pela primeira vez nesta passagem do técnico, uma vaia ecoar de forma tão potente direcionada a ele. A decisão de tirar Jean Pyerre provocou a reação negativa da torcida, com justa razão. O meia era, ao lado de Everton, a grande figura do time. Havia saído dos pés deles o gol no primeiro tempo e as melhores situações de gol.
Aliás, os primeiros 45 minutos remeteram aos melhores dias do time. Envolvente, marcando em cima, o Grêmio dominou o Bahia, fez 1 a 0 com Everton e poderia ter feito mais. Só que veio o segundo tempo, um gol logo nos primeiros minutos, em rara indecisão de Kannemann seguida de falha de Paulo Victor, e o domínio gremista se desmanchou.
Ajudaram, claro, as mexidas de Renato. Principalmente a troca de Jean Pyerre por Luan, que fez a Arena irromper em vaia. O guri, aliás, só jogou porque Tardelli acusou um problema médico e nem no banco ficou. O ingresso de Pepê, na vaga de Alisson, é justo que se diga, foi um acerto. Renato insistiu em André e isso só aumentou a irritação dos gremistas. Não bastasse o empate, a noite teve ainda a baixa de Felipe Vizeu, que jogou cinco minutos e saiu com uma preocupante lesão no joelho esquerdo.
Ao final, o empate ainda ficou barato. Não fosse a imperícia de Arthur, o Bahia teria voltado para Salvador com a vantagem de jogar pelo empate. Tudo ficou para a Fonte Nova. Tomara que com Cebolinha no ataque. Sem ele, a vida ficará bem complicada.