Felipe Carvalho, 25 anos, é hoje zagueiro do Nacional-URU e estará em campo no Parque Central, no dia 24 de julho, no jogo de ida das oitavas da Libertadores. Mas bem que poderia estar com a camisa do Inter. Porque, entre os 15 e os 17 anos, morou e jogou no Beira-Rio e fez parte de geração que tinha Dourado e Valdívia. Chegou a jogar em um time B ao lado de Alisson e Sasha em 2012.
Na época, Felipe era o Bagé, apesar de ter nascido e crescido em Santana de Livramento. Só que o Inter o descobriu em jogo dos juvenis contra o Grêmio Bagé. À época gerente executivo da base, Jorge Macedo se impressionou com a velocidade do zagueiro canhoto. Dias depois, Felipe parou no Beira-Rio e virou o Bagé.
Macedo se recorda bem dele. Era rápido, de boa estatura e porte físico. A disposição nos treinos ajudou a compensar a falta de base. Porém, à sua frente, havia Romário, figura das seleções, e o Inter o liberou. Felipe, a partir daí, empreendeu escalada digna de filme.
O zagueiro voltou a Rivera em 2014, para o Peñarol local. No começo de 2015, seu técnico o indicou para teste no Tacuarembó. Bastaram 30 minutos e foi aprovado. Seis meses depois, o Malmöe, da Suécia, pagou US$ 35 mil e o levou. Lá, ele jogou a Liga dos Campeões, encarou Ibrahimovic e Cavani e enfrentou o Real Madrid.
Depois do Malmöe, o zagueiro passou pelo também sueco Falkenbergs e pelo Valerenga, da Noruega, antes de chegar ao Nacional. Filho de pai brasileiro, é doble chapa e carrega um sonho: jogar na seleção uruguaia. Como Felipe, já que o Bagé ficou pelo caminho.