Ficou um amargor e uma lição que só a Libertadores pode dar. O Inter vivia uma noite de gala, um fechamento de luxo da primeira fase até os últimos instantes, quando cedeu o 2 a 2 em um vacilo de Marcelo Lomba, o mesmo goleiro que já fez defesas inverossímeis.
A jornada em Buenos Aires se desenhava profícua. Contra o campeão da América e em um Monumental de Núñez lotado, o Inter soube resolver seus problemas, se ajustou em campo e virou o jogo com a estrela de Sobis e a condução de Nonato, que se adonou do meio-campo, principalmente no segundo tempo. O River usou um time misto, é verdade, mas um robustecido por nomes como Palacios, que volta de lesão, Mayada, com convocação recente para a selecao uruguaia, e os meninos Álvarez e Ferreira, recém chamados para a seleção sub-20 da Argentina.
Contra esse time, o Inter, também com alguns reservas, mostrou organização, maturidade e pareceu não sentir o ambiente. Se o resultado cedido nos últimos minutos eixou uma ponta de frustração e colocou em risco o posto de segunda melhor campanha, o jogo deixou como legado alguns quilômetros de rodagem para a gurizada, a contribuição para a construção do caráter desse time e, principalmente, a certeza de que, logo ali na frente Nonato será o tão procurado meio-campista que unirá defesa e ataque no Inter com a velocidade que o jogo exige.