Não foi a contemplação da Cordilheira dos Andes que emoldura o estádio da Universidad Católica. Também não foi a falta de tesão ou um soninho que poderia até ser convidativo com o vento gelado da noite que se avizinhava em Santiago do Chile. Faltou ao Grêmio, mesmo, mais futebol, mais sintonia coletiva e, principalmente, intensidade.
A derrota de 1 a 0 para a Universidad Católica enreda o Grêmio em uma teia que ele próprio criou na Libertadores. Como havia acontecido na Arena, contra o Libertad, o time foi moroso na saída para o ataque, desajustado na defesa e careceu das suas individualidades.
Luan, outra vez, foi engolido pelo jogo. Ainda não deu as caras na Libertadores. Maicon foi lento na saída de bola e concedeu espaços no meio. Até Geromel sucumbiu diante do fracasso coletivo do Grêmio.
Renato viu, à beira do gramado, um time irreconhecível. Talvez as trocas no time feitas para encarar a Universidad Católica sejam sinal de que o técnico tenha percebido a necessidade de mudanças. Só que elas precisam ser mais profundas.
Há algo fora do tom no Grêmio. Como nunca esteve nas três temporadas de sucesso desde a chegada de Renato. E ele precisa encontrar soluções rápidas. Até porque nem 100% no returno são promessa de que a classificação virá.