Um Estudiantes novo espera o Grêmio na noite desta terça-feira. Novo na idade e também em sua fotografia. Sem dinheiro para contratar e canalizando todos os recursos para finalizar a construção do novo estádio, o clube promoverá a estreia em jogos de Libertadores de três garotos promovidos da base. O lateral-esquerdo Erquiaga, 20 anos, o meia-atacante Pellegrini, 18, e o centroavante Apaolaza, 21, são os símbolos da renovação implementada pelo presidente-ídolo Juan Sebastián Verón.
Sem dinheiro para grandes contratações e investimento em técnico de renome, Verón efetivou Leandro Benítez, que comandava a equipe B e classificou o time às oitavas da Libertadores como interino. Benítez, el Chino, foi companheiro do hoje seu chefe no time vice da Sul-Americana em 2008 e campeão da América no ano seguinte.
Aliás, dessa equipe ainda há dois remanescentes, o goleiro Andújar, 36 anos, e o volante Braña, 39, suspenso nesta noite. Só não há um terceiro porque o zagueiro Desábato decidiu se aposentar em junho, aos 39 anos.
A ideia de Verón ao oficializar Benítez foi aproveitar as categorias de base do clube, reconhecido como formador de bons valores. Os últimos a surgirem e ganharem o mundo foram o zagueiro Foyth, 20, negociado com o Tottenham, e volante Ascascíbar, 21 anos, vendido ao Stuttgart.
Juntos, renderam 17 milhões de euros. Por isso, a ordem foi rejuvenescer o time. A equipe que venceu o Nacional no dia 24 de maio tinha média de 28,7 anos. O previsto para enfrentar o Grêmio nesta terça, 25,8.
A troca mais simbólica é a do centroavante Pavone, 36, pela do jovem Apaolza, 21. O que foi feito contra a vontade da torcida. Uma enquete do diário Hoy, de La Plata, apontou mais de 70% da preferência da torcida pelo veterano, figura do título do Apertura de 2006, que marcou o retorno de Veón a La Plata e foi o primeiro em 24 anos do clube. Mesmo assim, Benítez treinou sempre com Apaolaza, que assinou em maio seu primeiro contrato profissional.