A decisão de quebrar a promessa de renovação de contrato com o Huracán está custando caro para o meia Martín Sarrafiore. Desde que foi confirmado pelo Inter, o meia de 20 anos caiu no ostracismo no clube. Acabou retirado do grupo principal na pré-temporada, em Ezeiza, e foi colocado para treinar com as categorias de base. Nem mesmo na "segunda", como os argentinos chamam o sub-23, ele ganhou espaço.
A grande mágoa dos dirigentes do Huracán foi a forma como Sarrafiore decidiu-se pelo Inter. Desde setembro, havia conversas para renovação do seu contrato. Seu agente exigiu a promoção para o grupo principal e 50 mil pesos mensais (cerca de R$ 8 mil). Quando passou a exigir percentual dos direitos, a negociação estancou. Mas Sarrafiore prometia assinar com o clube, e isso só elevou a fúria dos dirigentes.
A saída do meia, apontado como uma gande promessa, provocou um terremoto no Huracán. Tanto que o vice-presidente Luis Sasso, responsável pelas categorias de base, encaminhou uma autodenúncia ao Conselho Diretivo do clube, para que julgassem se houve erro seu no episódio.
Sasso foi perseguido nas redes sociais e sofreu ameaças e ofensas de torcedores. Tanto que, em conjunto com a família, cancelou sua conta no Twitter.
Enquanto espera o 1º de julho, Sarrafiore apenas treina em La Quemita, CT e sede das categorias de base do Huracán. Quando desembarcar em Porto Alegre, precisará passar por um trabalho de recondicionamento e, principalmente, necessitará de rodagem no time sub-23 até que esteja à disposição de Odair Hellmann.