Será uma noite especial para Leandro Damião. Quando pisar no gramado do Beira-Rio na noite desta quinta-feira, contra o São José, o centroavante completará o jogo de número 200 pelo Inter. Uma história iniciada em 2009. Por coincidência, chegou ao Inter B em 2009 para ocupar justamente a vaga de Rafael Porcellis, liberado para jogar na Suécia e que, hoje, estará do outro lado, como titular do São José.
O jogo da noite desta quinta-feira faz de Damião o segundo mais longevo com a camisa do Inter no time atual. Fica atrás apenas de D'Alessandro. Embora a data festiva, seus dias no Beira-Rio estão longe de serem sossegados. Mesmo com a participação decisiva na volta do time à Série A, com os oito gols em 17 jogos, ele vive sob desconfiança da torcida. Há cobranças por gols vindas das arquibancadas. Eles escassearam na reta final de 2017 e ainda não vieram neste começo de 2018. Damião fez um em outubro, no 1 a 0 sobre o Brasil-Pel, e dois em novembro, no dia 6, no 2 a 2 com o Luverdense. Parou por aí.
Neste ano, Damião fez três partidas apenas. Mesmo assim, a torcida cobra de forma severa. Principalmente, porque agora há no banco de reservas um outro centroavante com gols no currículo. A chegada de Roger aumentou a pressão sobre o titular. Principalmente por ele ter sido um dos destaques na boa campanha do Botafogo em 2017. E, é claro, por ter colocado duas bolas na rede em sua estreia pelo Inter.
Nesse contexto todo, Damião entra em campo nesta quinta-feira sem muito tempo para homenagens pelo jogo 200. Precisa urgentemente marcar gols para tirar de cima de si o olho graúdo da torcida. Aliás, se fizer três nesta noite, pode comemorar em dobro. Primeiro, porque reconquistará a paz com a torcida. Depois, porque chegará a 100 pelo Inter. E um centroavante com uma centena de gols por um clube, vamos combinar, adquire uma boa quantidade de créditos.