A reta final da Série B, mais do que sinalizar o final do calvário do Inter, escancara bem as deficiências que precisam ser corridas visando a 2018. Quando Guto Ferreira abre uma disputa na lateral direita entre Alemão e Claudio Winck, fica claro que a posição precisa de um titular de verdade para a próxima temporada. Quando Roberson aparece como alternativa a Leandro Damião, fica claro que será necessário garimpar um outro centroavante, caso o time siga nesse modelo de jogo.
Mesmo que a Série A esteja longe de mostrar um nível técnico de altíssimo padrão, integrar o pelo de elite dela requer bem mais qualidade e variedade de jogadores. O Inter sabe por experiência própria que ninguém sobrevive na Primeira Divisão com um grupo mediano. Tentou fazer isso em 2016 e acabou rebaixado.
A lateral direita e um centroavante para disputar vaga com Damião são apenas as duas primeiras carências da lista. Pode-se acrescentar aí um volante para suprir as ausências de Edenilson e dois ou três zagueiros. Está condicionada à qualidade dessas contratações o tamanho das pretensões do Inter em 2018.
A base está montada, é uma das heranças da casca criada com a experiência na Série B. Mas só essa base é insuficiente. O tamanho da ambição do Inter para 2018 está diretamente ligado às contratações que serão feitas.