O renovado Conselho Deliberativo do Inter passa por uma encruzilhada que influenciará diretamente no futuro do clube. No imediato e no futuro a médio e longo prazo. Se decidir pela aprovação do relatório da comissão especial de sindicância criada para analisar supostas irregularidades da última gestão, este Conselho. ventilado pelo ingresso na última eleição de uma leva de jovens colorados, acabará com uma prática comum em quase todos – se não todos – os clubes de futebol.
Assim, o Conselho do Inter impedirá que se repita uma prática comum nos salões acarpetados, em que conselheiros agem como numa ação entre amigos e jogam para baixo do tapete irregularidades e desvios de conduta. Pelo contrário. Abrirá espaço para que uma nova comissão seja criada, ou se mantenha a mesma, e faça uma devassa nas contas de 2016, com o auxílio de uma auditoria externa e ouvindo os vice-presidentes envolvidos.
Recebi de um sócio o relatório entregue no Conselho pela comissão especial nesta segunda. Ela analisou o diagnóstico feito pela Ernst & Young, a pedido da atual gestão, e de outras duas auditorias, além do parecer do Conselho Fiscal, que sugeriu a reprovação das conts de 2016.
Os 12 apontamentos feitos pela comissão mostram deslizes graves e erros comuns, de atropelos de processo. Todos eles precisam ser passados a limpo e punir responsáveis. Depende apenas do próprio Inter reverter uma prática tão danosa como comum nos grandes clubes brasileiros. Tomara que os conselheiros optem por passar tudo a limpo. Caso contrário, veremos, outra vez, uma versão de chuteiras de Brasília.