O Inter deu mais um passo na apuração das irregularidades apontadas por um diagnóstico amostral das contas de 2016, último ano da gestão de Vitorio Piffero. Em cima do relatório apresentado pela Ernst & Young, a comissão especial criada pelo Conselho Deliberativo (CD) elaborou seu parecer apontado 12 itens em que detecta anormalidade e o entregou ao presidente do CD, Sérgio Juchem, nesta segunda-feira à tarde. Horas depois, Juchem marcou para a próxima segunda-feira, às 22h, reunião extraordinária para leitura do parecer e discussão sobre o que será feito a partir das conclusões apresentadas pela comissão.
Presidida por Jose Amarante, a comissão era composta por outros seis conselheiros e entregou sua apreciação 10 dias antes do prazo previsto - havia recebido um mês para trabalhar, que expirava no dia 5 de outubro. A análise, no entanto, não foi feita em cima do documento original elaborado pela Ernst & Young, um calhamaço com cerca de 250 páginas e mais anexos contendo recibos e notas fiscais. A análise da equipe comandada por Amarante foi a partir de um resumo de 45 páginas, além de anexos, o mesmo apresentado na reunião em que foi criada a comissão no dia 5 de setembro.
Conforme a apreciação da comissão, entre as 12 anormalidades estão notas irregulares e em sequência, contratos feitos sem obedecer aos processos exigidos e contratações de serviços sem a devida comprovação. Em nenhum momento, são mencionados o nome dos dirigentes, mas apenas das vice-presidências. Na reunião de segunda-feira, que será na sequência de uma sessão ordinária previamente marcada para as 20h, será proposta e discutida a criação de uma nova comissão para, com auxílio de uma auditoria, ouvir os envolvidos e apreciar, conforme as regras do novo estatuto, qual será o futuro deles no clube.