A despedida do Beira-Rio nesta triste temporada foi um retrato fiel do que vimos em grande parte de 2021. Uma vitória parcial até iludiu a torcida no primeiro tempo, e ela só começou a acontecer quando o Inter conseguiu espaço no campo do Atlético Goianiense, que foi pra frente porque viu que o sistema defensivo do Inter — que já foi referência neste mesmo campeonato — vazava pelos dois lados.
Mais uma vez, foi o contra-ataque que nos fez chegar ao gol, porque a criação/armação praticamente inexistem. Mas o DNA perdedor da grande maioria deste grupo atual sempre aparece.
Com a vantagem no placar não existe tranquilidade. Bastaram três minutos para que o jogo mudasse completamente e fomos para o intervalo sendo derrotados em casa, de virada, por um time que chegou aqui em 12º lugar.
As merecida vaias mexeram com os brios de alguns jogadores. O segundo tempo foi de muita transpiração, mas quase nenhuma inspiração. Era bola aérea pra área. E só. Nas poucas jogadas que tivemos alguma criação, nosso armador era Victor Cuesta.
Edenilson, de novo, foi colocado na lateral direita. O zagueiro Bruno Méndez virou ponteiro direito. Uma bagunça completa. Aguirre não consegue tirar mais nada deste grupo desde o Gre-Nal. Um final melancólico numa temporada para se esquecer.