Eu não tenho nenhum motivo para acreditar que o Inter se classifique, nesta quinta-feira (9) à noite, para a Pré-Libertadores. Não depois do que vimos na rodada passada do Brasileirão. E digo isso com tristeza, porque sou torcedor e quero, sempre, que meu time vença e atinja seus objetivos. Mas, antes de ser torcedor, sou realista, e o que tenho visto dentro do campo não me permite acreditar.
Foram tantas, diversas oportunidades de entrar no G-4 durante o campeonato. Todas desperdiçadas. Depois da vitória consagradora no Gre-Nal, uma queda impressionante de rendimento, um áudio de WhatsApp "arrasa quarteirão" — com poucas novidades, é bem verdade — circulando pelo mundo e uma sequência de atuações deprimentes.
Um grupo que dá sinais claros de desgaste e que não levanta taças, um treinador que mais parece preocupado em realizar o sonho de sua vida profissional — e nem eu, nem ninguém, pode condená-lo por isso —, e um aproveitamento ridículo atuando como visitante formam o contexto do Inter no dia de seu último jogo na temporada, contra o ótimo Bragantino, no interior de São Paulo. Não tem como estar otimista, infelizmente.
O real interesse desta quinta-feira
A grande verdade é que a maioria avassaladora da torcida colorada estará de olho nos três jogos que definem a permanência do coirmão na Série A, ou o seu terceiro rebaixamento. Se a queda realmente acontecer, é claro que nos divertiremos. Como flauta e zoeira, tudo certo, porque isso é a essência do futebol. Mas encerrar a temporada tendo como "alegria" apenas a desgraça do rival não me serve. O Inter é muito maior que isso.