Depois de tudo o que aconteceu com os cofres colorados na gestão 2015/16, cada passo que se dá em busca do reequilíbrio financeiro do clube deve ser comemorado como uma grande vitória em campo. Não é novidade para ninguém que a venda de jogadores é o único caminho para que esta missão seja cumprida, e a própria gestão atual falava disso desde a época da campanha para a eleição.
A venda prematura do jovem Vinícius Tobias permite ao clube alcançar o mágico patamar de 80% da meta orçamentária com negociações em um ano que segue com menos arrecadação devido às consequências da pandemia. Dói perder um jovem tão promissor sem ele ter sequer atuado no time profissional? Claro que sim. Mas a realidade financeira do Inter obriga este movimento.
Eu, como torcedor, obviamente quero ver o Inter disputando títulos, lançando jovens, contratando bons nomes. Mas tenho plena consciência da importância desta reorganização das finanças. E ela tem de ser tratada exatamente assim: como prioridade.
Uma combinação entre a venda de jovens e contratações que tenham ótimo custo/benefício é a equação perfeita para sairmos do atoleiro financeiro. Não existe mercado melhor no mundo para se garimpar reforços com talento do que a América do Sul.
O Inter, sabendo disso, trouxe um verdadeiro especialista no assunto – o argentino Gustavo Grossi – para comandar este processo. E os resultados vão aparecer, tenho certeza. A torcida precisa entender que o caminho é longo, mas muito promissor.