Grande parte do eleitorado brasileiro nunca votou em cédulas de papel. O sistema digital foi implantado de forma gradual a partir de 1996. As urnas no Brasil já foram de madeira, papel e lona.
Até 1950, as cédulas eleitorais eram impressas e distribuídas pelos candidatos e partidos. No pedaço de papel, só constavam o nome e o cargo em disputa.
No novo sistema, a cédula oficial apresentava os nomes de candidatos a presidente da República, governador, senador e prefeito. O eleitor só precisava assinalar a escolha. No caso de deputado estadual, deputado federal e vereador, ficava um espaço para ser preenchido com nome ou número do candidato.
A apuração dos votos era muito demorada, com frequentes acusações de fraudes ou erros. Com recadastramento de todos os eleitores do Brasil, a Justiça Eleitoral começou o processo de informatização na década de 1980. Os registros, anteriormente, eram feitos de forma independente pelos tribunais regionais. Em 1994, os votos foram apurados manualmente, mas com os dados digitados e totalizados por computadores.
A urna eletrônica foi novidade na eleição de 1996 nos municípios maiores. A votação no sistema digital chegou a todos os eleitores em 2000.