O brasileiro já carregou na carteira moedas e cédulas de Cruzeiro, Cruzeiro Novo e Cruzeiro Real. Em referência ao Cruzeiro do Sul, a nova unidade monetária foi instituída em 1942. Junto com outras medidas do esforço da Segunda Guerra Mundial, incluindo aumento da tributação, o governo de Getúlio Vargas decidiu acabar com o Real, mais conhecido pelo plural. Os réis eram usados desde a época do Império do Brasil.
Pelo decreto publicado em 5 de outubro, Cr$ 1 (Cruzeiro) equivaleria a mil réis. A troca do dinheiro nos bancos foi gradual a partir de novembro. Clientes também precisaram ser alertados sobre a necessidade de preencher cheques com a nova denominação. As cédulas antigas receberam um carimbo da Casa da Moeda, já que continuaram em circulação por algum tempo.
Inicialmente, o governo criou moedas metálicas de um, dois e cinco cruzeiros, além de 10, 20 e 50 centavos. As cédulas eram de 10, 20, 50, 100, 200, 500 e 1.000 cruzeiros. Na nota de Cr$ 10, na cor verde, constava a imagem de Getúlio Vargas. A troca da unidade monetária permitiu a padronização do dinheiro em circulação no Brasil, que mantinha 56 tipos diferentes de cédulas.
Em 1967, o desvalorizado Cruzeiro acabou substituído pelo Cruzeiro Novo, mas voltaria a ser a unidade monetária entre 1970 e 1986. Não resistiria novamente à hiperinflação. Os governos trocavam de moeda na mesma velocidade da alta dos preços. Surgiram o Cruzado e o Cruzado Novo.
O Cruzeiro renasceu em 1990, com novas cédulas e carimbo nas antigas notas de Cruzado Novo. Em nova reforma monetária, em julho de 1993, deu espaço para o Cruzeiro Real, o último antes do nascimento do Real, em 1994.
Evolução das moedas no Brasil:
Real (réis) - da colonização até 1942
Cruzeiro (Cr$) – 1942 a 1967
Cruzeiro Novo (NCr$) – 1967 a 1970
Cruzeiro (Cr$) – 1970 a 1986
Cruzado (Cz$) – 1986 a 1989
Cruzado Novo (NCz$) – 1989 a 1990
Cruzeiro (Cr$) – 1990 a 1993
Cruzeiro Real (CR$) – 1993 a 1994
Real (R$) – desde 1994
Colabore com sugestões sobre curiosidades históricas, imagens, livros e pesquisas pelo e-mail da coluna (leandro.staudt@rdgaucha.com.br)