O ex-presidente do Banco Central e autor de Lições Amargas: Uma História Provisória da Atualidade, Gustavo Franco, falou nesta sexta-feira (28) ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha. Ao comentar o lançamento do livro, o economista mencionou a demora do Brasil, arrastada por sucessivos governos, em promover reformas que promovam crescimento econômico. E chegou a usar como metáfora os "negacionistas" da economia.
— Como na pandemia, há os que negam os problemas do Brasil. Até hoje temos pessoas que dizem que não existe déficit na Previdência — exemplificou.
A obra, aliás, parte da análise da crise de 2020, com o avanço da pandemia de covid-19, para então analisar assuntos como reformas estruturais, tamanho do Estado e a privatização de estatais.
Para que problemas sejam corrigidos, Gustavo Franco defende que o Brasil promova, antes de tudo, um diagnóstico correto sobre os entraves para o crescimento. Para então definir quais remédios usar contra eles.
— Só vamos sair do buraco quando nos dermos conta de que estamos nele. (Com o atraso nas reformas) Vai ficando mais difícil fazer a transição que os países asiáticos fizeram e nós vamos ficando para trás. Precisamos reformar a ideia de reforma. Estamos sempre buscando reformas grandes demais para serem praticadas e elas acabam não acontecendo ou acontecem em versão diluída — completou.
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