A troca de comando na Assembleia Legislativa está marcada para esta quarta-feira (3), às 10h. Ex-líder do governo Sartori, Gabriel Souza (MDB) tomará posse como presidente da Casa e já enfrenta seu primeiro desafio: acomodar todos os convidados respeitando as regras de distanciamento impostas pela pandemia.
Como contou a colunista Rosane de Oliveira, um espaço para 600 convidados receberá apenas 100. E escolher quem estará presente e quem terá que ficar de fora não foi uma tarefa fácil, contou o deputado do MDB à coluna.
- Antes, chegava a ter 1.500 pessoas, agora serão em torno de 200, considerando todo o espaço da Assembleia - explicou, referindo-se ao plenário e ao auditório Dante Barone.
Conforme a coluna apurou, houve quem tentasse dar o famoso "carteiraço" ("eu sou o fulano e exijo ser convidado") e até mesmo apoiadores que ameaçaram não votar mais no parlamentar. Gabriel ri quando questionado sobre as histórias e explica que mesmo os parentes precisaram ser limitados.
Até aqui, dois ex-governadores confirmaram presença, ambos do MDB - partido de Gabriel. José Ivo Sartori, que teve o deputado como líder atuando em temas espinhosos, e Germano Rigotto. O ex-ministro Eliseu Padilha, padrinho político de Gabriel, também aceitou o convite e deverá estar presente na cerimônia desta quarta.
Entre os familiares, a decisão também difícil. Contando os pais, a esposa e a filha, Gabriel incluiu poucos nomes, somando somente 14 pessoas.
Pai da pequena Dora, Gabriel se diverte com a filha e compartilha os momentos em suas redes sociais com a hashtag #DoraAventureira, uma alusão à animação que faz sucesso entre as crianças. Da vida pessoal, ele também costuma compartilhar seu amor pelos animais, já que é veterinário de formação. É comum vê-lo em fotos ou vídeos que expõem atendimentos ou dicas sobre os pets. "Vale lembrar também que a defesa dos direitos dos animais é uma luta diária", lembra.
Atento ao enfrentamento da pandemia de covid-19, o parlamentar prepara um discurso forte para esta quarta-feira. A fala será dirigida contra posturas negacionistas, daqueles que insistem em menosprezar a doença que no Brasil já matou mais de 200 mil pessoas. O texto deverá incluir um agradecimento especial aos profissionais de saúde, a valorização da ciência e também assegurar o empenho pela busca das vacinas para o Rio Grande do Sul, oferecendo apoio ao governador Eduardo Leite (PSDB).
- Quero me colocar ao lado do governador para conseguirmos as doses necessárias da vacina - explicou.
Quanto ao seu planejamento de gestão na Assembleia, três pontos se destacam para o ano de 2021: unir esforços para trazer vacinas ao Rio Grande do Sul, promover a digitalização da Assembleia - por exemplo, a partir de rotinas híbridas (home office e presencial) para atividades específicas e a promoção, ao final, de um ciclo de debates sobre o futuro do Estado pós-pandemia.