A bancada gaúcha aderiu em peso ao movimento que derrubou, com números absolutamente desfavoráveis ao governo, o veto do presidente Jair Bolsonaro à desoneração da folha na Câmara nesta quarta-feira (4). Foram 430 votos a 33. Com isso, ficaria mantida a desoneração da folha salarial para 17 setores da economia até dezembro de 2021. Resta ainda a votação no Senado.
O resultado, ainda que negativo para o governo, não foi exatamente uma surpresa. Isso porque houve acordo entre líderes partidários e o Palácio do Planalto, que liberou o voto dos seus aliados.
Conforme apurou a repórter Débora Cademartori, da RBS Brasília, somente três parlamentares gaúchos se posicionaram pela manutenção do veto do presidente: Sanderson (PSL), Nereu Crispim (PSL) e Marcel van Hattem (Novo). No caso de Marcel, o partido Novo fechou questão pela manutenção do veto do Executivo, de olho na manutenção do teto de gastos e no equilíbrio fiscal defendido pela equipe de Paulo Guedes.
Os deputados Danrlei (PSD), Marcon (PT) e Marlon Santos (PDT) não registraram presença.
Senado
Ainda nesta quarta, o Senado também irá apreciar o veto e a tendência é de prevalecer a opção pela derrubada, o que irá referendar a validade da desoneração da folha salarial em 2021.
Entre os 33 votos pela manutenção do veto do presidente na Câmara, também constaram votos de deputados fieis a Jair Bolsonaro, como Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF).