Em meio à discussão das reformas em tramitação na Assembleia Legislativa, o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), ressaltou um ponto importante para o alcance de um ajuste nas contas públicas, promovido pelo antecessor José Ivo Sartori. A fala foi durante entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (26). Ao mencionar a necessidade de reestruturação das carreiras do funcionalismo gaúcho, Leite elencou uma medida que considera ter sido fundamental para o início da reversão do déficit previdenciário, atualmente calculado em R$ 12 bilhões anuais. Para o governador, a mudança que denota a inclinação para resolução do problema ocorreu na gestão Sartori, quando da aprovação do projeto que instituiu a previdência complementar.
— O grande passo foi dado no passado para fazer Justiça, no governo anterior, quando se aprovou — e se não tivesse sido aprovado nós buscaríamos — que é a previdência complementar, ou seja o regime de previdência em que todos os servidores que ingressam no Estado, desde 2015, eles contribuem sobre o teto do INSS e, se quiserem (receber) mais do que isso, vão ter que fazer uma contribuição extra. Sendo construído, assim, um regime que vai viabilizar ali por 2040, 2045, o início da redução do déficit da previdência — afirmou.
Ouça a entrevista completa com o governador Eduardo Leite:
Aprovação em 2015
O regime mencionado por Eduardo Leite foi aprovado pela base de Sartori em setembro de 2015. Por ele, servidores estaduais de todos os poderes (que ingressaram a partir de 2015) passaram a se aposentar com salário que não pode ultrapassar o teto do regime geral do INSS, hoje de R$ 5.839,45 . Para auferir mais do que isso, precisam fazer contribuições extras para o fundo complementar. Para o Piratini, à época, a medida se justificava como instrumento importante no sentido de estancar o déficit previdenciário