O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não foi o único integrante do governo Bolsonaro a exacerbar sua paixão por um clube de futebol gaúcho. Na semana passada, o chanceler chegou a dizer que sua bandeira jamais seria vermelha, exceto se fosse a do Internacional.
A coluna apurou que a troca no comando do Exército, cuja cerimônia está programada para a próxima sexta-feira, dia 11, também tem ares de paixão pela dupla Gre-Nal. Tanto é que os presidentes de Grêmio e Inter foram convidados especialmente para a solenidade de passagem do Cargo de Comandante do Exército, às 11h, em Brasília.
A troca no comando do Exército, "em campo", prevê: uma despedida do Inter e as boas-vindas ao Grêmio. Quem deixa o posto de comando é o general gaúcho Eduardo Villas Boas, torcedor fanático do Colorado. Já quem assume o comando da instituição, a partir da escolha do presidente Jair Bolsonaro, é o general, também gaúcho, Edson Leal Pujol, gremista fanático.
Cientes da importância de Grêmio e Inter para os comandantes, os presidentes Romildo Bolzan e Marcelo Medeiros já confirmaram presença na cerimônia e estarão na capital federal na sexta-feira.
A coluna apurou que o ex-presidente colorado Giovanni Luigi também foi convidado para a solenidade da próxima sexta-feira.
Novo comandante
Pujol, 63 anos, é gaúcho de Dom Pedrito. Ele chefiou as forças da paz da ONU no Haiti e era considerado substituto natural do atual comandante, o general Eduardo Villas Bôas, que saudou a escolha, à época, em seu perfil no Twitter.
O general tem uma estreita e longa relação com o Rio Grande do Sul. Ele já comandou a 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Santiago e chefiou o Comando Militar do Sul de 2016 a 2018. É filho do coronel da BM Péricles Pujol.
Já o general Villas-Boas é natural de Cruz Alta.