A deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), que foi candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), reagiu nas redes sociais a uma foto postada pelo dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, e que viralizou nos últimos dias. A postagem diz que Manuela teria se hospedado em um hotel de luxo em Buenos Aires, onde palestrou como convidada em um evento que também contou com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff.
Na imagem, postada por Hang, aparecem também Dilma e Guilherme Boulos, que foi candidato à Presidência pelo PSOL.
Em sua conta no Instagram, Manuela postou notícia sobre a ação civil pública do Ministério Público do Trabalho contra Hang e a Havan, em que o órgão pede o pagamento de até R$ 100 milhões de indenização por danos morais, por "influenciar o voto dos funcionários" durante o período eleitoral. A parlamentar declarou:
“Eles mentem sobre mim para não ter que falar a verdade sobre eles”, escreveu.
Em outro post, a deputada utilizou a mesma imagem postada por Luciano Hang e pediu a seus seguidores que ajudem a denunciar fake news. Ela diz, sobre a imagem, que as passagens e a hospedagem foram custeadas pelo evento.
Manuela também explica que a mulher que está de preto, e que foi apontada por internautas como babá e criticada por estar usando um iPhone, é na verdade uma jornalista. A deputada afirmou que já encaminhou as postagens para que sejam tomadas medidas jurídicas contra todos que espalharam a imagem com as falsas afirmações.
“Mas pergunto: quem financia a distribuição dessa rede de mentiras e ódio?”, questionou.
Em sua conta no Instagram, Luciano Hang havia escrito que Boulos e Manuela estavam em Buenos Aires para participar de uma manifestação contra o G20. E provocou:
“Por que não ficam em um acampamento? Adoram viver no luxo. Trabalhar, nada”.
O que diz Hang sobre a ação:
O empresário Luciano Hang afirmou, na quinta-feira (22) à noite, que a ação do MPT é "mais um absurdo brasileiro", e disse que há órgãos que ajudam a "destruir empresas e intimidar quem tem voz".
— Não fiz nada de errado e vamos provar isso. Fui e sou um ativista político. Tenho o direito de me manifestar — disse.