Quem conhece a jornalista Isabel Ferrari da RBS TV, provavelmente já sabe ou ouviu falar: ela tem um menino atípico na família. Você já conhece este termo? Vamos lá: Isabel é mãe do Pedrinho, um adolescente com transtorno do espectro autista (TEA). Como outros atípicos, ele precisa ser compreendido e acolhido. Mas por que falar disso agora?
Isabel é uma das mães engajadas em uma campanha virtual lançada neste mês contra o bullying nas escolas, em especial, o bullying praticado contra crianças com algum tipo de deficiência física ou transtorno de neurodesenvolvimento. Por sua condição, elas nem sempre sabem se defender ou e às vezes não entendem as agressões.
A mobilização partiu de um casal de gaúchos que vive em Miami, nos Estados Unidos: o neuropediatra Carlos Gadia, referência em autismo e epilepsia infantil, e a publicitária Grazi Gadia, à frente do projeto EyeContact - Lives Shaped by Autism (Contato visual - Vidas moldadas pelo autismo).
— Decidimos lançar a campanha depois de ouvir relatos terríveis de mães angustiadas que nos procuraram para pedir apoio — conta Grazi.
O bullying - considerado crime desde janeiro na legislação brasileira - é prejudicial em qualquer caso e é ainda pior em situações de maior vulnerabilidade.
— Não é chororô. O ambiente escolar precisa oferecer integração e inclusão. Se o mundo é diverso, a escola também deve ser. Não são só os nossos filhos que ganham com isso. Todos ganham — diz Isabel.
Converse sobre o assunto em casa. Se você tem filhos típicos, fale sobre os atípicos. Converse sobre compreender e aceitar as diferenças e ser amoroso com o outro. Nenhuma criança nasce com preconceito.