É de revolver o estômago a cena em que alunos de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, aparecem com as calças abaixadas, simulando você sabe o que durante um jogo de vôlei feminino, em plena arquibancada. O vídeo infame foi gravado em abril, mas só agora caiu nas redes sociais e, com razão, desencadeou reações de todos os lados - inclusive da própria instituição, que condenou o ato e decidiu expulsar os envolvidos.
Sabe-se lá o que passou na cabeça dos marmanjos para para fazer o que fizeram. Devem estar tentando se justificar, agora, dizendo que "foi só uma brincadeira" ou lamentando o fato de que "não se pode mais fazer nada neste país".
Talvez sejam da turma que vive execrando o que alguns convencionaram chamar de "ditadura do politicamente correto" ou daquele outro grupo que sempre tem uma justificativa para os "impulsos sexuais masculinos" - porque, afinal, "somos muito machos, não é mesmo?". Machos? Sei.
Depois de ler, ver e ouvir essa história escabrosa, lembrei de outras situações recentes envolvendo - coincidentemente ou não - futuros médicos. Se você jogar o assunto no Google, verá que tem até reportagem apontando as "nove vezes em que o comportamento de alunos de Medicina chocou".
Aí vão alguns desses casos, publicados em GZH e em outros sites de notícias:
São fatos que vieram a público nos últimos anos, envolvendo estudantes que ingressaram na faculdade com o propósito de... salvar vidas. Deles se espera, talvez mais do que de outros profissionais, atributos como cuidado, empatia, confiança, tranquilidade, respeito. Talvez por isso essas situações choquem ainda mais.
É evidente que estamos falando de uma minoria, que temos excelentes cursos e alunos e que em outros ambientes universitários também existem problemas, mas tudo isso dá o que pensar. O que anda acontecendo nas faculdades de Medicina?