Autoridades e forças de segurança do Estado deram um recado firme e claro ao mundo da contravenção na madrugada desta quinta-feira (15), ao transferir para presídios de fora do Rio Grande do Sul 13 apenados de alta periculosidade e com grande influência no crime organizado. Chega de violência.
O grupo é suspeito de envolvimento na nova onda de assassinatos causada por facções da Grande Porto Alegre. A batalha deixou ao menos 29 mortos e 42 feridos desde o fim de junho e cresceu nos meses de agosto e setembro, atingindo gente que nada tinha a ver com a briga - como a adolescente Manoela Yres Campos Trapps, morta aos 17 anos durante um ataque a um bar na Capital, sem ter relação com o caso.
Ou seja: ainda que se trate de uma guerra entre criminosos que eliminam uns aos outros, a truculência nas ruas ameaça a todos nós. Ninguém quer viver numa cidade conflagrada, correndo o risco de levar uma bala perdida no peito ou na cabeça.
É evidente que por trás desse conflito há muito mais a ser discutido - em especial sobre o que leva alguém a se tornar bandido e sobre o papel do Estado para evitar o problema na origem. Esse é um debate que tem de estar no radar e que precisa ser feito, ainda mais em ano eleitoral, mas, no curto prazo, a resposta dos órgãos estaduais foi correta: dura e dentro da lei. Não dava mais para esperar.