A jornalista Raíssa de Avila colabora com a colunista Juliana Bublitz, titular deste espaço
Artur Mota Rodrigues, 3 anos, roubou a cena na Copa Porto Alegre de Slalom em Cadeira de Rodas, na programação dos 250 anos da Capital.
Clara Mota, mãe do pequeno, conta que descobriu ainda durante a gravidez que Artur teria problemas de locomoção devido a uma má formação. Mesmo com o diagnóstico pessimista dos médicos sobre o futuro do filho, Clara diz que a única diferença entre o guri e as outras crianças é o fato de ele usar cadeira de rodas.
Aliás, faz pouco tempo que ele ganhou o equipamento (em novembro do ano passado), mas a adaptação foi rápida.
— Ele sentou na cadeira e parecia que já tinha usado por toda vida. Saiu faceiro, dando voltas — relata Clara.
Promovido pela prefeitura, o evento na orla do Guaíba foi a primeira oportunidade em que Artur esteve com outros cadeirantes. A família mora em Alvorada, mas gosta de frequentar o local por conta da acessibilidade. O menino interagiu, brincou e encantou.
— Eu fiquei muito feliz, deu até vontade de chorar, porque no sorriso dele a gente via o quanto ele estava bem e alegre – diz a mamãe-coruja.
O que é slalom?
A palavra vem de “zigue-zague” em inglês e, no caso do slalom em cadeira de rodas, é uma modalidade criada para estimular atividades físicas em pessoas com deficiência motora. As provas consistem na realização de um percurso com diferentes obstáculos e níveis de dificuldade, no menor tempo possível e com o menor número de erros. O percurso pode ser fixo ou variável. Em geral, a competição é disputada em ambiente com pista lisa e dura.