Depois de anos de discussão, o futuro da RS-118 começa a ser definido. A rodovia necessita de obras. A principal delas é a duplicação do trecho entre Gravataí e Viamão.
O governo do Estado afirma que a rodovia precisa ser incluída no plano de concessões para que a obra possa ocorrer. Mas empresários, prefeitos e até aliados políticos do governo do Estado se posicionaram contra, pois não aceitam que haja pagamento de pedágio.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está realizando a modelagem econômica, que vai prever a RS-118 dentro da concessão. Porém, a ideia é que, mesmo recebendo investimentos da arrecadação de pedágio, a rodovia não deverá ter pontos de cobrança.
Uma das formas de garantir o investimento necessário é usar recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). As obras selecionadas precisarão estar relacionadas com reconstrução e resiliência.
Neste fundo serão depositadas as parcelas que o Palácio Piratini deixará de repassar à União para o pagamento da dívida, que foi suspenso por três anos. No período, o montante somará R$ 11,7 bilhões.
Promessa de campanha
Durante a eleição de 2022, quando foi reeleito, Eduardo Leite chegou a assinar um documento se comprometendo a não autorizar a instalação de praças de tarifa ou pórticos de cobrança na RS-118. Porém, meses depois, o governo anunciou que voltaria a avaliar essa possibilidade.
Na enchente
Entre maio e junho, a RS-118 foi a estrada que permitiu a conexão de Porto Alegre com a Região Metropolitana. Por ter pista simples, a rodovia apresentou grande congestionamento. O estado de conservação da rodovia também foi danificado.