Nesta terça-feira (15), duas empresas ingressaram com recurso questionando a proposta considerada vencedora na licitação que irá contratar quem vai religar a energia das subestações da Trensurb afetadas pela enchente de maio. A Archel e a A3 ganharam prazo de cinco dias úteis para apresentar seus apontamentos.
Depois disso, a empresa Tecnova, que foi declarada vencedora, tem igual período para se defender. Caberá à comissão de licitação avaliar os questionamentos e decidir quem deve ser anunciado o ganhador da disputa.
Esse tempo de espera deve adiar o início das obras. Apesar disso, a Trensurb espera poder assinar o contrato até o fim deste mês. Se isso ocorrer, a promessa de reabertura das estações São Pedro, Rodoviária e Mercado pode se confirmar em 24 de dezembro.
Porém, há risco das empresas perdedoras levaram seus questionamentos ao judiciário, o que deixaria ainda mais incerta a religação de energia da linha do trem. Sem essa etapa da obra, não há como ofertar viagens até o centro de Porto Alegre. As três estações estão fechadas desde 3 de maio.
A Teconva propôs executar o serviço, ao longo de dois anos e meio, ao custo de R$ 84,22 milhões. A A3 ficou na quarta colocação ao apresentar proposta de R$ 110,42 milhões. A Archel veio logo em seguida, prometendo executar o reparo ao custo de R$ 112,63 milhões.
É essa obra também que irá possibilitar a redução do intervalo entre os trens. Recentemente, a Trensurb conseguiu reduzir de 15 para 12 minutos as viagens em horário de pico.
Porém, uma redução menor, só voltará a ocorrer após o religamento de ao menos uma das três subestações de energia. Mas o intervalo de quatro minutos entre os trens só deverá ser atingido no começo de 2026.
Ao todo, a reconstrução pela qual a Trensurb irá passar vai custar R$ 400 milhões. Desse total, o governo federal já repassou R$ 164 milhões. A empresa também irá direcionar outros R$ 20 milhões, que tem do seu orçamento, para recuperar o sistema.