A publicação de um decreto pela prefeitura de Canoas tem causado dúvidas em empresários que estavam realizando doação para os atingidos pela chuva na cidade. O documento, assinado na sexta-feira (10) pelo prefeito Jairo Jorge, “determina a requisição administrativa de bens particulares em razão da necessidade de enfrentamento da Situação de Emergência" declarada em 2 de maio.
Segundo o prefeito, a medida foi tomada para agilizar compras de itens como colchões, cobertores rolos de papel higiênico, produtos de higiene e de limpeza, água potável, entre outros. Com o decreto, é possível adquirir, de forma mais rápida, cestas básicas, por exemplo.
Porém, a determinação fez com que empresas, que já haviam se prontificado a repassar donativos para a cidade, questionassem não mais enviá-los. Já na sexta-feira, as doações ficaram 3h suspensas no centro de distribuição da Modular Cargas por causa destas incertezas. Em entrevista para a Rádio Gaúcha neste sábado (11), Jairo Jorge garantiu que a dúvida não procede.
- Não estamos requisitando de ninguém, de nenhum centro de voluntários. As pessoas podem doar o que puderem - informa Jairo Jorge.
O prefeito se prontificou em disponibilizar um número de WhatsApp para que pessoas denunciem se houver recolhimento de doações por parte da prefeitura.
- Recebemos um contato de uma cidade de São Paulo, informando que teria chegado essa notícia lá e que não mandariam mais doações para Canoas. Nós conseguimos reverter isso diante da fala do prefeito de que isso não irá ocorrer - relata a presidente da hirley Panizzi, presidente da Câmara de Indústria e Comércio e Serviços de Canoas.