Depois de três anos de tentativas, o Jardim Botânico de Porto Alegre não saiu de bens que o governo do Estado pretende repassar para a iniciativa privada. Apesar disso, o leilão que definirá o novo gestor da área de 36 hectares é incerto.
Em 2022, nenhuma empresa apresentou proposta. Depois disso, a Secretaria Estadual de Parcerias e Concessões chegou a estimar que o edital pudesse ser lançado no ano passado, o que não ocorreu. Agora, não há um prazo estimado.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente realiza análises para saber o que deve fazer parte da concessão. O parque conta com o Museu de Ciências Naturais, incluindo laboratórios, salas de exposições e de coleções científicas.
Ao final dos estudos, o projeto ainda será apresentado à comunidade, antes de passar por licitação. O governo vem buscando dar viabilidade para a concessão, incluindo obras necessárias ao espaço, mas prevendo que o ingresso não seja elevado.
- (Queremos) deixar claro no plano diretor o que pode ser feito lá pelo parceiro privado, cobrando o mínimo possível do frequentador. O objetivo do projeto é fazer com que as pessoas sigam frequentando o local - destaca o secretário estadual de Parcerias, Pedro Capeluppi.
Enquanto isso, o Jardim Botânico passa por obras. O governo lançou uma licitação para realizar reforma das instalações elétricas do prédio da administração e do museu de ciências naturais.
Três empresas apresentaram propostas, que estão sendo analisadas pela comissão julgadora. A intenção do governo é investir R$ 1,31 milhão nestes reparos. A obra deverá ser executada em oito meses.
65 anos
O parque completou 65 anos em setembro. O parque integra a Rede Brasileira de Jardins Botânicos, sendo uma das cinco unidades com classificação "A" no Brasil, conforme a Resolução Conama 339. Na prática, isso significa que o Jardim Botânico da Capital está entre os melhores do país na avaliação do Conselho Nacional do Meio Ambiente.