A notícia não é boa, mas já era esperada. A duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, não será mais concluída em 2022.
No ano que vem, a obra vai completar 10 anos em execução. E não será possível entregar os 211 quilômetros duplicados. Hoje, do total previsto, 62% já estão em uso.
Os prazos das próximas entregas estão sendo alterados. Em julho, o Exército previa entregar o viaduto de Barra do Ribeiro no mês de setembro. Em dezembro seriam finalizados mais 10 quilômetros no mesmo município. O término dos 50 quilômetros de sua responsabilidade, entre Guaíba e Tapes, ocorreria até junho de 2022.
Porém, todas essas datas sofreram alteração. O viaduto de Barra do Ribeiro será entregue ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em dezembro. Outros 10 quilômetros mais avançados serão finalizados até abril do ano que vem. E todo o trecho de competência das Forças Armadas será entregue até março de 2023.
Outra dificuldade envolve os trechos que não recebem obras, e que o Dnit precisará contratar novas empresas. O lote 5, entre Camaquã e Cristal, tem 25 quilômetro. A empresa responsável quebrou. Somente 43% dos trabalhos foram realizados. O Dnit precisa lançar uma nova licitação. As obras não deverão ser finalizadas em 2022.
Do que está em andamento sob competência do Dnit, um trecho de quatro quilômetros, em São Lourenço do Sul, será entregue até o fim do mês que vem. Se o prazos forem confirmados, restarão aproximadamente 75 quilômetros para serem executados entre 2022 e 2023.
E o Ministério de Infraestrutura prevê que a nova empresa que vencer o leilão da BR-116, entre Porto Alegre e Camaquã - no trecho de responsabilidade do Dnit -, deverá começar a executar seus serviços a partir de 2023. Dessa forma, é bem possível que, assim como a nova ponte do Guaíba, a duplicação que não ficar pronta até Camaquã será finalizada pela concessão.
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas chegou a prometer que toda a duplicação seria entregue em 2021. Depois, ao longo deste ano, atualizou o prazo para o fim de 2022. A obra, que foi contratada a R$ 868,94 milhões, já custa R$ 1,77 bilhão.