Já não era sem tempo. Os 15 novos trens da Trensurb começaram a ser usados em todas as suas funções planejadas.
A última das ações que está sendo executada é o uso dos veículos de forma acoplada, o que permite viagens com 8 vagões, o dobro do normal. A Trensurb informa que as viagens estão sendo feitas desde 24 de fevereiro.
Por enquanto, uma composição acoplada está transportando passageiros. A promessa da empresa é de que, ao longo deste mês, a solução deverá ser aplicada a todos os demais trens da frota.
Desde dezembro de 2019, os veículos antigos estão sendo usados de forma acoplada como forma de dar mais comodidade aos usuários, e, durante a pandemia, proporciona maior distanciamento entre os passageiros. Já os trens novos dependiam de conserto no painel de comunicação, que alertava que o sistema de freios não estaria de acordo, apesar de não apresentar problema.
Quase seis anos e meio se passaram desde que os primeiros 15 trens novos da Trensurb começaram a entrar em operação. O investimento foi astronômico: R$ 244 milhões. Eles foram construídos pelo consórcio formado pelas empresas Alstom e CAF. Enquanto a carroceria foi montadas na fábrica da Alstom em São Paulo, a parte dos rolamentos foi construída na Espanha pela CAF.
Já em abril de 2015 os veículos passaram a apresentar problemas, com o descarrilamento de um deles enquanto fazia uma viagem sem passageiros. Em abril de 2016, problemas de infiltração fizeram que a frota fosse retirada de operação.
Somente em dezembro de 2018, o consórcio concluiu o reparo em todos os 15 novos trens. Mas, no fim de 2019, parte dos trens precisaram ser colocados novamente fora de operação por apresentarem falhas. Os principais defeitos só foram totalmente corrigidos em outubro de 2020.
