Há alguma coisa definitivamente errada com o país quando as salas de aula se transformam em delegacias de polícia, os professores viram sargentos da tropa de choque e os alunos são tratados como criminosos. É o que está acontecendo no Brasil de hoje, do Ensino Médio ao ensino universitário.
Cada vez mais os professores agem como militantes políticos de esquerda e conduzem suas classes como células de ação partidária. Estão comandando a maior lavagem cerebral já vivida pelo sistema de ensino no Brasil, público ou privado.
Ainda agora, um professor da Universidade de São Paulo chamou os agentes de segurança do campus para tirarem da aula, à força, um aluno que estava sem máscara – seu direito líquido, certo e indiscutível, já que por lei, no Estado de São Paulo, o uso de máscara só é obrigatório nos hospitais e nos transportes coletivos.
Mas a máscara, hoje, é um sinal público de “resistência política” ao presidente Jair Bolsonaro e ao seu governo; há gente que usa sem pensar em nada disso, é claro, mas para o militante esquerdeiro virou um item indispensável da indumentária de todos os dias.
É óbvio que esse ato de demência não aconteceu em nenhum curso de matemática, engenharia, física ou nada que se relacione às “ciências exatas”. O episódio aconteceu nas “humanas”, num curso de “Gestão de Políticas Públicas”, e quem chamou a Guarda Universitária para expulsar o aluno é um professor de “Sociedade e Estado”.
O que poderiam ser esse curso e esse professor? Só os interessados sabem; faz parte da prodigiosa, e caríssima, empulhação que arruína a qualidade da universidade brasileira de hoje, onde se multiplicam cursos de “matemática negra”, ou de “vestimentas indígenas”, ou sobre como mascar chicletes, ou sobre qualquer disparate que forneça empregos para professores e funcionários vindos do universo de “esquerda”.
A máscara, hoje, é um sinal público de "resistência política" ao presidente Jair Bolsonaro e ao seu governo
Pouco antes disso, no que vai se tornando uma rotina, um professor de antropologia também de São Paulo – “antropologia”, é claro, do que mais poderia ser? –, agora da escola privada Avenues, que cobra mensalidades de R$ 12 mil, mandou um aluno calar a boca em plena classe.
Não se trata apenas de repressão grosseira, retrógrada e covarde, com o uso velhaco da posição de “autoridade” para intimidar um garoto de ginásio. É, também, a negação dos princípios mais elementares da atividade pedagógica. E por que isso tudo? Porque o doutor em antropologia tinha trazido a líder indígena profissional Sonia Guajajara, militante aberta do PT e da esquerda, para fazer uma palestra de denúncia do agronegócio.
Segundo a sua ladainha de sempre, a agricultura e a pecuária brasileira estariam “destruindo” o Brasil e o planeta. Um aluno quis discordar; o mundo caiu em cima dele.
Os pequenos tiranos do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP e da Escola Avenues foram deixados em perfeita paz; continuarão a agir exatamente como agiram. Tudo bem, talvez, com a Escola Avenues – se os pais querem tirar R$ 12 mil do seu bolso, todos os meses, para pagar os ensinamentos da índia Guajajara, problema deles. No caso da universidade pública, é o cidadão brasileiro que está pagando a conta, com os seus impostos de cada dia.