Na primeira passagem de Eduardo Coudet pelo Inter, o treinador reclamou que o grupo era curto. Agora, pode-se dizer que curto é o repertório do argentino no comando colorado.
No início da partida decisiva contra o Juventude, Renê, Mercado e Vitão foram alguns dos jogadores que mais tocaram na bola. Em um jogo que tem de ganhar dentro da sua própria casa, com público enorme e empolgado, o Inter não tinha soluções pra passar do meio-campo, como já havia acontecido na partida na Serra.
O Colorado tinha uma semana para resolver os problemas que havia enfrentado em Caxias do Sul. Mesmo assim, não conseguiu jogar. Coudet não deu conta de arrumar o que precisava. Roger, por sua vez, prometeu que seu time jogaria da mesma forma nos dois jogos, e assim foi.
O que se viu do Inter foi um time amarrado, que arrematou muito pouco. Fez um gol, é verdade, numa bola parada, assim como tomou um gol de bola parada. Além disso, teve uma chance claríssima com Mauricio. Mas para por aí.
O Inter não perdeu só pelo Robert Renan, que, aliás, foi um irresponsável. Creio que ele treinou pênalti durante a semana. Antes de uma decisão como essa, até o roupeiro precisa participar dos treinamentos das cobranças de pênalti. Será que o zagueiro treinou pra bater daquela forma? Claro que não.
A realidade é que o Inter foi um pacote de irresponsabilidades. Após a eliminação, recebi muitas mensagens provocativas por, antes, ter acreditado que daria Gre-Nal na final. Eu sou pago pra dar opinião. Continuo achando que o Inter, se tivesse jogado de acordo com o que prometia, seria tudo diferente.