Antes mesmo das agências bancárias abrirem, nesta sexta (01), o sistema do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já estará disponível para os protocolos da linha de crédito voltada a produtores gaúchos afetados pela catástrofe climática. Nessa nova etapa, serão liberados R$ 5 bilhões, provenientes do Fundo Social, aporte anunciado na Expointer. Esse total será distribuído em três.
Conforme a assessoria do BNDES, R$ 3,3 bilhões destinam-se a capital de giro, de forma exclusiva para produtores rurais, cooperativas de produção agropecuária, cerealistas e fornecedores de insumos agrícolas. Nessa cifra, cerca de R$ 1,5 bilhão será para clientes de micro e pequeno porte. O restante, R$ 1,8 bilhão, para os de todos os portes. Esse crédito é buscado de forma indireta, ou seja, é a instituição financeira que busca o acesso – com teto de R$ 20 milhões. Há R$ 1,7 bilhão de crédito direto, para contratação direta com o BNDES – para valores acima do limite da capital de giro.
Na primeira etapa de contratação da linha de crédito via BNDES, os R$ 412 milhões disponibilizados esgotaram em minutos, abrangendo 400 operações de capital de giro. A quantia na nova etapa é bem superior, mas a projeção é de que também não dure muito tempo. O setor produtivo, a partir de informações repassadas por instituições financeiras, projeta que para atender a demanda dos produtores gaúchos que se enquadram nesse crédito seriam necessários R$ 19,5 bilhões.
A linha de capital de giro é considerada crucial, por ser a única alternativa disponível para produtores com financiamentos a juro livre. O recurso será utilizado para que sejam pagas parcelas em aberto, mantendo a capacidade financeira dos que foram afetados pela tragédia e o acesso a recursos para fazer a nova safra.