A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O primeiro leilão de importação de arroz, marcado para esta terça-feira (21), foi suspenso. O adiamento do certame havia sido solicitado na semana passada por entidades do setor arrozeiro ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
O leilão, via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinha sendo articulado como forma de garantir o abastecimento do mercado brasileiro, frente aos efeitos das cheias. O argumento do setor, no entanto, era de que a iniciativa poderia ter efeito contrário ao esperado pelo governo, de controle do preço do cereal ao consumidor.
O Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção nacional de arroz. A preocupação é de que o produto, em grande parte já colhido quando as enchentes alagaram o Estado, enfrente dificuldade de chegar aos mercados, já que rodovias fundamentais de escoamento foram danificadas.
Nesta segunda-feira (20), o Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou resolução para zerar até o fim do ano a Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de arroz de países de fora do Mercosul. Foram zeradas as tarifas de 10,8% para importação de arroz beneficiado, polido ou brunido, e de 9% para compra do cereal com casca ou descascado não parboilizados.