A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Referência nacional no desenvolvimento de sementes de hortifrúti, a Isla Sementes foi cercada pelas águas do Guaíba, na zona norte de Porto Alegre. E viu submergir máquinas, embalagens, sementes e estoques, junto com a história de quase 70 anos da empresa. O lamaçal que se mistura à enchente chega a dois metros de altura na sede, atrás do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Igualmente devastadoras são as histórias dos funcionários: pelo menos um quarto dos 190 trabalhadores, perdeu tudo ou quase tudo.
— A situação é, realmente, muito crítica por lá —lamenta Diana Werner, presidente da empresa.
Além do próprio negócio, ela também acredita que a agricultura familiar vá sentir o impacto dessa inundação — direta ou indiretamente.
— Principalmente o microprodutor e aqueles que têm horta em casa. Nesses segmentos, a gente é muito forte, muito relevante — complementa Diana.
As perdas materiais, de fato, só serão calculadas quando a água baixar. Os locais externos onde há produção de sementes, Candiota, na campanha gaúcha, e no interior de Minas Gerais, não foram afetados.
— A gente vai garantir a safra de inverno, temos até junho para semear. Estamos com foco cem por cento nas pessoas, na equipe, em ajudá-los e a todo mundo que a gente pode. E em reestruturar a empresa, assim que for possível, com a ajuda de todos os colaboradores — afirma a presidente da empresa.