
Uma primeira versão da medida provisória que vai autorizar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar arroz está em análise pelo governo federal. Nesse texto, conforme o presidente da instituição, Edegar Pretto, foram estabelecidas algumas regras sobre como funcionará essa aquisição. O volume a ser liberado neste momento é de até 1 milhão de toneladas, a ser trazida de acordo com a necessidade.
— Queremos fazer de forma regulada, para que se tenha um controle da situação. Sempre levando em conta essa sensibilidade necessária. O produtor gaúcho também precisa de proteção nesta hora. (Esse arroz importado) não é para competir — assegura Pretto.
O objetivo do governo é evitar a especulação de preços diante da dificuldade de fazer chegar o cereal já colhido no Rio Grande do Sul. O presidente Conab acrescenta que em torno de 15% das lavouras do Estado (que responde por 70% da produção nacional) ainda estavam no campo quando houve a catástrofe climática. Há também relatos de silos com arroz estocado tomados por água. Situações que terão impacto sobre o volume antes projetado para a entrada no mercado. O tamanho desse estrago ainda terá de ser levantado.
— Há toda uma preocupação para (esse produto importado) não concorrer com a produção nacional. Esse arroz não virá para o Rio Grande do Sul, para a Região Sul. Será para Sudeste, Nordeste e Norte — esclarece Pretto.
A prioridade no atendimento com esse arroz importado serão pequenos comércios, que costumam se abastecer de grandes atacarejos. A Conab também sugeriu que o produto seja preferencialmente do Mercosul, pontua o dirigente.
— Queremos trazer esse arroz para garantia de preço. Um milhão de toneladas é um volume bem razoável.