O jornalista Danton Boatini Júnior colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O agronegócio não ficou de fora do South Summit Brazil, evento que ocorreu na última semana e colocou Porto Alegre, pelo terceiro ano, no mapa mundial da inovação.
Hub que busca soluções para os desafios da produção de alimentos, o Celeiro Agfood Hub integra produtores, empresas, cooperativas, agroindústrias, varejo, restaurantes, startups, pesquisadores e investidores com o objetivo de gerar oportunidades e conexões para esses diferentes atores.
Localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), com 20 startups incubadas, o Celeiro foi uma das “paradas” da Rota da Inovação, na sexta-feira, evento que fez parte da programação do South Summit.
A partir da fusão dos hubs de agronegócio e foodtech do Tecnopuc, o Celeiro atua em meio a um “universo de possibilidades”, segundo o coordenador, Luís Villwock, que é professor da Escola de Negócios da PUCRS.
Entre as iniciativas em desenvolvimento, por exemplo, há empresas dentro da iniciativa que trabalham para aumentar em quase 30 dias o tempo de prateleira de frutas como maçã, manga e mamão após a colheita — o que permitiria a exportação para destinos distantes do Brasil, como a China. A tecnologia consiste em um filme que retarda a respiração celular dessa fruta, mantendo a qualidade in natura por muito mais tempo.
— Imagina o que isso pode repercutir em termos de agregação de valor para o nosso segmento de fruticultura — disse Villwock, em entrevista ao Campo e Lavoura, da Rádio Gaúcha, que foi ao ar ontem.
Da mesma forma, o professor cita o desenvolvimento de carnes produzidas em laboratório — embora não haja consenso sobre a nomenclatura desse produto:
— Não é eliminar a pecuária tradicional, mas dar mais alternativa ao consumidor.