Seguindo a máxima de que “juntos somos mais fortes”, a empresa gaúcha Agrofel Grãos e Insumos anunciou a incorporação da financeira Creditá à sua marca. A fusão teve como principal motivador a expansão da cartela de clientes no Rio Grande do Sul. Agora, além de vender insumos, como defensivos agrícolas e sementes, e comercializar a produção dos produtores rurais, como soja e milho, a Agrofel também atuará no mercado financeiro, oferecendo capital de giro para o campo.
Diretor comercial da Creditá, Gustavo Ferrarin explica que a fusão se deu por uma demanda dos clientes, por maior rapidez nos seus negócios.
— O produtor precisa de crédito para dar andamento a algum investimento, e muitas vezes acaba faltando dinheiro. Porque a sua receita não entra mensalmente. Ele recebe valores concentrados conforme a comercialização da sua safra. E as grandes instituições financeiras são muito burocráticas — justifica Ferrarin.
— Sem falar que o governo vai ter capacidade cada vez menor de subsídio e que os custos de produção devem se manter em patamares elevados — acrescenta o diretor financeiro Agrofel e Creditá, Romulo Bremm.
Além de ambas possuírem aplicativo acessível ao produtor, outra novidade que vem com a fusão das empresas é o lançamento de um banco digital, ao estilo Nubank, mas personalizado para o produtor rural.
— Ao invés de pagar o cartão de crédito todo mês, o produtor poderá pagar só na safra — detalha Ferrarin.
Até 2025, a marca projeta um acréscimo de 2 mil clientes, 20 novas lojas e mais 300 postos de trabalho com a fusão. Até então, a Agrofel possuía 50 unidades espalhadas pelo Estado, mais de 700 colaboradores e 15 mil clientes. Já a Creditá tinha 30 colaboradores e 500 clientes, sem loja fixa.
*Colaborou Carolina Pastl