A água e o café à mesa são recursos para garantir a isenção do olfato e do paladar na hora de provar as linguiças e os salames que buscam o título no 10º Concurso de Produtos da Agricultura Familiar, realizado na Expointer. A convite da Secretaria da Agricultura do Estado, a coluna participou do júri (às cegas, importante ressaltar) que escolheu os melhores nessas categorias.
Mas afinal, qual a diferença entre um e outro? Você sabe?
Com a palavra, quem entende do assunto: os extensionistas da Emater Nilton Peruffo e Elisete Bencke, o chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural da Superintendência do Ministério da Agricultura, Roberto Lucena, e a professora de Medicina Veterinária Saionara Wagner.
Uma das principais características da linguiça é o formato. Outra é a de que não sofre processo de maturação.
A peça tem um formato de ferradura. No caso do concurso na Expointer, das 22 amostras, todas eram feitas de carne suína e tinham de ser defumadas.
O salame, que tinha 15 concorrentes, tem formato reto e mofos brancos no invólucro (que não são um problema, pelo contrário, são desejáveis). Sofre um processo de maturação, em torno de 21 dias, período em que há o processo natural de fermentação, o que concede um gostinho mais ácido.
— E tem cubos de gordura — acrescenta Peruffo.
Importante lembrar que essa degustação é feita às cegas, ou seja, não se sabe qual a marca do produto que é avaliado. Uma das etapas de avaliação é pelo olfato:
Os vencedores de todas as categorias avaliadas serão conhecidos nesta quinta-feira (1º).