Se a “refeição completa” for como o aperitivo, 2022 promete ser um ano em que o mercado externo manterá seu apetite por proteína brasileira. Os resultados dos embarques de carne bovina completaram as estatísticas do setor para o primeiro trimestre. Compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), os dados do Ministério da Economia apontaram novo recorde para março. Foram 203,49 mil toneladas, crescimento de 28% sobre igual mês de 2021. Em receita, o crescimento é ainda maior: 57%, alcançando US$ 713,7 milhões. Esse resultado é o terceiro melhor em um mês, ficando atrás apenas dos registrados em setembro e agosto do ano passado.
O aumento dos preços médios do produto é outro ponto destacado pela Abrafrigo. Nos primeiros três meses de 2022, houve uma elevação de 20,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
No primeiro trimestre deste ano, as exportações de carne bovina cresceram 33%, somando 545,75 mil toneladas. Volume que gerou faturamento de US$ 2,9 bilhões, uma expansão de 60%. Os chineses seguem como principais compradores, tendo respondido por uma fatia de 34% do total. Se somadas as vendas para a região administrativa especial de Hong Kong, o percentual vai a 50,45%.
O país asiático foi também o destino número 1 das exportações de carne de frango e suína em março. Em relação aos dados gerais de embarques do Brasil, a proteína suína teve recuo no mês e no trimestre. A Associação Brasileira de Proteína Animal pondera que isso reflete a base elevada de comparação e que o acumulado de 2022 indica tendência de demanda sustentada.