O aumento de 36% na demanda de silos-bolsa em pleno ano de pandemia tem relação direta com os recordes obtidos a cada nova safra no país. Com fábrica em Sapiranga, no Vale do Sinos, a Pacifil segue colhendo resultados positivos em 2021. E vê potencial para ir além na fatia que pode atender em todo o país.
Nascido como alternativa às estruturas convencionais para guardar a colheita, o silo-bolsa pode servir como ferramenta do negócio, avalia Harti Lenhardt, gestor comercial da marca:
– Está mudando o conceito de muito agricultor, que armazena na lavoura. Usa para guardar à espera de transporte ou de um momento com frete menos caro. Vai administrando a safra.
Hoje, os Estados mais compradores estão no Centro-Oeste, com as nova fronteiras agrícolas (caso da região conhecida como Matopiba) também aderindo ao silo-bolsa. Além do déficit de armazenagem, pesam na escolha a dificuldade logística e a distância dos portos nessas áreas.
Entre as culturas com maior aderência estão milho, soja, girassol, pipoca e arroz. No Rio Grande do Sul, o ritmo de demanda não é tão intenso, acrescenta Lenhardt, pela capacidade estática diferenciada e distâncias menores até o porto.
Para produzir a estrutura de polietileno, a empresa, de origem uruguaia, mantém parceria de longa data com a Braskem.
– Sempre fizemos um trabalho de fidelizar nossos clientes e, da mesma forma, acreditamos que temos de fazer com nossos fornecedores – reforça Lenhardt.
Ana Paiva, especialista em Desenvolvimento de Mercado da Plataforma Agro da Braskem, reforça que o silo-bolsa “empodera o agricultor”, ao permitir que ele decida sobre o momento para venda da safra.