Foi com o objetivo de tornar o trabalho do produtor de suínos menos penoso que surgiu a tecnologia do Roboagro, desenvolvida por uma empresa gaúcha. Ao longo dos anos, o aperfeiçoamento permitiu incorporar outros recursos à invenção. A versão atual distribui de forma precisa o alimento, permite o acompanhamento em tempo real, ajustes, se necessários, e dados referentes ao ciclo. Tudo isso, ao som de música clássica. A trilha proporciona tranquilidade, trazendo bem-estar aos animais.
Diretor da empresa, Giovani Molin conta que hoje existem 400 robôs atuando em granjas dos três Estados do Sul, que respondem por quase 70% da produção de suínos do país. A maior parte é adquirida via financiamentos do Plano Safra.
– Ele percorre toda extensão do galpão e vai largando em cada baia a quantidade programada para cada animal. É feito monitoramento por câmera e,a cada trato realizado, dados são enviados para a agroindústria ou podem ser acessados pelo produtor via aplicativo – explica Molin.
Como o processo é automático, mesmo o produtor estando longe de casa, os animais serão tratados no horário programado.
– É a suinocultura de precisão. Com robô, se acompanha o que foi previsto e o que foi realizado, podendo corrigir e ter melhores resultados sem ter de esperar o fim do ciclo de engorda – completa o diretor.
A automação se alinha aos movimentos que vêm sendo feitos pelo setor. Diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin observa que o uso da internet das coisas, para medir índices, e o blockchain são caminhos a serem percorridos para que se tenha maior competitividade no cenário global. As ferramentas ajudam a tornar os processos mais eficientes, garantindo melhor gestão dos custos para produtor e indústrias – na maioria, o setor trabalha com sistema integrado.
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