Alimento típico de dias frios de inverno e imprescindível nas festas juninas, o pinhão deve ficar com o preço mais salgado neste ano. Segundo a Emater, o quilo parte de R$ 6, na venda direta, podendo chegar a R$ 18 em mercados. Na cotação da Ceasa Serra, chega a R$ 10, quantia 38% superior à registrada em igual período do ano passado.
Esse aumento tem relação com a safra, que deverá, mais uma vez, encolher. Levantamento na Serra, maior produtora do Estado, aponta recuo de 20% a 60% em volume na comparação com o ano passado, quando também teve redução. No ciclo atual, o tempo seco veio no período de desenvolvimento do pinhão. A diminuição da safra também afetará a receita das famílias que têm no pinhão complemento ou fonte de sustento.
Apesar de reduzidos em quantidade, têm apresentado boa qualidade e sanidade. A colheita e venda estão liberadas desde o último dia 15. A concentração vai deste mês até junho, embora seja possível encontrar em agosto e, por vezes, até em setembro. A coleta é manual: são apanhadas sementes no solo ou derrubadas as pinhas da araucária com a ajuda de algum utensílio.
– É importante frisar que na colheita do pinhão se observe a plena maturação das pinhas, para que o pinheiro cumpra sua reprodução e seu papel no equilíbrio do ecossistema da Floresta com Araucária e também para que o consumo de pinhão verde não prejudique a saúde do consumidor – observa Adelaide Juvena Kegler Ramos, extensionista da Emater.
As araucárias são árvores nativas da sul do país que começam a produzir a partir de 10 anos. Em média, têm de 60 a cem pinhas. E cada pinha 200 pinhões, pesando cerca de três quilos.