Sempre uma delegação expressiva na área internacional da Expodireto-Cotrijal, a China, neste ano, reduziu o time. Uma precaução por conta do coronavírus. Até esta quarta-feira (4), somente um chinês marcava presença na área internacional do parque em Não-Me-Toque.
A coluna conversou com Dai Zhixuan, CEO do Grupo Youtong, de Xangai, sobre como a epidemia impactou a vida e a economia do país asiático, e também para saber o que o trouxe para a primeira visita ao Brasil. Confira trechos da entrevista.
Qual o impacto do coronavírus na rotina chinesa?
Restaurantes e fábricas foram fechados. O governo organizou estrutura para que, em cada casa, apenas uma pessoa saia para comprar comida e bebida, em supermercados próximos. No final de fevereiro, alguns estabelecimentos receberam permissão para voltar a funcionar. Mas as pessoas precisam usar máscaras de proteção. Foi criada lei que determina que, na rua, todas as pessoas precisam usá-las.
Essa é sua primeira visita ao Brasil. Considerou não vir em razão da epidemia? Precisou usar proteção na viagem?
Sim, considerei. Usei máscara do voo da China até chegar em São Paulo.
O que sua empresa busca no Rio Grande do Sul?
Quero importar produtos do Brasil, que têm alta qualidade. Há necessidade grande de frango e carne na China. Visitarei uma indústria de processamento de aves.
Por quanto tempo os efeitos da epidemia devem ser sentidos na entrega de produtos? Haverá demanda reprimida?
No fim de março, as coisas devem começar a funcionar normalmente. A partir de julho, a demanda poderá ficar maior.