Com sucessivas frustrações de safra e de mercado, a cultura do arroz poderá se encaminhar para cenário semelhante ao vivido pela pecuária, de desestímulo que culmina com redução de oferta. E lá na frente, em alta de preço.
— Esses desestímulos têm preço. Quando a pecuária estava dando prejuízo, ninguém dava atenção — comparou Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul, no balanço da entidade.
A conjuntura atual do arroz é resultado da trajetória dos últimos anos do arroz. Começou com safra brasileira expressiva em 2017, teve leve redução em 2018, deixando a produção em patamar semelhante ao consumo, mas com estoque elevado. Na sequência, houve a maior exportação do cereal em casa. O ano de 2019 começou com estoque mais baixo do que o de costume. E a safra teve redução na casa de dois dígitos: 14,6%, deixando os estoques ainda mais reduzidos. O recuo se deu em razão das enchentes na Fronteira Oeste e também pelo recuo da área. Para 2020, é estimada nova redução do espaço do cereal, de 3,2%.
— Existe risco. E, se acontecer, queremos que seja lembrado esse histórico — afirmou Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul, no balanço da entidade.
Em outubro, a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS) havia alertado para o fato de que o arroz ficaria mais caro. Pela combinação de menor da safra — mais de 1 milhão de toneladas a menos — e exportações em alta.
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