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A composição das ceias natalinas e da virada tem efeito positivo sobre a produção. Itens que não podem faltar à mesa ajudam a incrementar os resultados do setor. É o caso das indústrias de aves e de suínos, que têm neste período um dos mais representativos do ano.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que o aumento nas vendas de frangos especiais, perus e suínos seja entre 5% e 10% nesta época, com resultado variando em cada empresa. Os negócios são alimentados por superstições como a de que no Réveillon deve-se comer carne suína, porque esse animal fuça para frente, representando a perspectiva de avanço.
Em 2019, a procura poderá ficar ainda maior projeta Ricardo Santin, diretor-executivo da entidade. Resultado da substituição por carnes com valores mais acessíveis, diante da alta dos cortes bovinos.
— O período é importante para o setor, porque embora as vendas sejam agora, a preparação vem desde julho, agosto. Como há consumo certo, a empresa pode produzir — observa o dirigente.
Ainda à espera dos números finais, a entidade tem percebido otimismo das empresas, que relatam resultados acima dos registrados no ano passado. Nas gôndolas de supermercados, aves natalinas também são mais valorizados, ou seja, têm preços superiores aos dos frangos tradicionais. Reflexo dos custos dispendidos para a preparação diferenciada desses itens.
No Rio Grande do Sul, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) avalia que haja ampliação entre 80 mil e 90 mil toneladas da produção só para atender a demanda do período natalino. As empresas, reforça José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da entidade, se preparam para conseguir dar conta tanto do mercado interno quanto do externo:
— Para determinada fatia da indústria, que produz frangos especiais ou peru, o período agrega valor e oxigena o faturamento.
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