Acompanhamento mensal feito pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) mostra que o preço do quilo do frango resfriado/congelado, na venda da indústria para o varejo, também registrou aumento ao longo deste ano. O avanço, no entanto, é menor do que o registrado em outras proteínas animais. Em relação ao início do ano, a alta é de 8,16%. Na comparação de novembro com outubro, de 1,92%.
— Ainda não sofremos no frango impacto tão forte quanto o da carne suína e bovina. A tendência é seguir em alta. Historicamente, no entanto, o repasse não costuma ultrapassar a margem de 12% a 15% — observa José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Asgav.
A explicação vem de particularidades do setor: produção em larga escala, com parte voltada ao atendimento do mercado externo. No Rio Grande do Sul, 55% do volume abastece o mercado doméstico, com o restante indo para outros países. O Estado é o terceiro maior produtor e exportador de aves do país. No ano passado, somou 1,6 milhão de toneladas, sendo 554 mil exportadas. O Rio Grande do Sul tem oito plantas habilitadas a exportação para a China.
Outro fator a ser considerado é a duração do ciclo na comparação com a pecuária, por exemplo. O frango está pronto para abate em 42 dias. No caso dos bovinos, animal de abate considerado precoce tem 12 meses.
— A indústria de frango do Estado está recuperando neste ano a queda drástica que teve nas exportações no ano passado, em razão de fatores como o embargo da União Europeia e a greve dos caminhoneiros – acrescenta o diretor-executivo.
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